14 de março de 2012

PRAZO PARA ENTREGA DAS DPs

                 Os trabalhos de DP serão solicitados por bimestres e deverão ser entregues impreterivelmente aos seus professores até o prazo limite de cada bimestre a saber:
§         1º bimestre: 26/04
§         2º bimestre: 28/06
§         3º bimestre: 27/09
§         4º bimestre: 29/11

DP DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OS ALUNOS COM DP DE 1º ANO

Trabalhos Português (DP) DE 1º ANO - ( alunos estão no 2º ano)
ATIVIDADES DE DP: ALUNOS DE 1º ANO DO E.M. QUE FORAM PROMOVIDOS PARCIALMENTE PARA O 2º ANO DO E.M. EM 2012.


ORIENTAÇÕES GERAIS:

1)                 Os trabalhos de DP serão solicitados por bimestres e deverão ser entregues impreterivelmente aos seus professores até o prazo limite de cada bimestre a saber:
§         1º bimestre: 26/04
§         2º bimestre: 28/06
§         3º bimestre: 27/09
§         4º bimestre: 29/11

2)                 Os trabalhos bimestrais deverão ser entregues todos compilados em uma encadernação em espiral cujo formato deverá pautar-se dentro das normas da ABNT (capa, página de rosto, índice, introdução, os trabalhos, conclusão, bibliografia, anexos...).
3)                 O aluno deverá assinar a entrega de seus trabalhos de DP a cada bimestre, até as datas acima estipuladas.
§         Lembre-se que os trabalhos poderão ser entregues antes, porém nunca depois do prazo ora estipulado.
§         Exceção será feita em caso de internação hospitalar, coma induzido ou não e outras necessidades previstas em lei, desde que devidamente comprovada através de laudos e/ou atestados médicos até a data limite da entrega dos trabalhos.
§         A escola de acordo com a Constituição Federal, artigo 205, Lei 9693/96(LDB) Capítulo II, artigo 2º; artigo 12º inciso VII e com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) artigo 4º e 22º deverá orientar todos os alunos e seus responsáveis sobre seus direitos e deveres para que os resultados sejam plenamente satisfatórios e os alunos possam cumprir as suas DPs, sem correr o risco de carregá-las por mais um ano.
4)                 Não serão aceitos trabalhos entregues fora do prazo .
5)                 Fiquem atentos aos PRAZOS de entrega.


ATIVIDADES PARA O 1º BIMESTRE DE 2012





1-Procure em jornais e revistas imagens e textos que possam representar as seguintes linguagens:



a)      verbal

b)      Linguagem não verbal

c)      Linguagem mista



OBS: Obtenha pelo menos dois exemplos para cada um.



2) leia o texto abaixo e depois responda as questões.



Texto 1:



Descuidar do lixo é sujeira



Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência (de uma das firmas do Mac Donald’ s) deposita na calçada, dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigo. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabaram deixando os restos espalhados pelo calçadão.

(Veja São Paulo, 23-39/12/92).



Texto do 2:

O bicho



Vi ontem um bicho

Na imundice do pátio

Catando comida entre os detritos



Quando achava alguma coisa,

Não examinava, nem, cheirava:

Engolia com voracidade.



O bicho não era um cão

Nem um gato

Não era um rato



O bicho, meu Deus, era um homem.



(M. Bandeira. Em Lenita em prosa e verso Rio de Janeiro, J. Olympio/MEE, 1971, p. 145).





1)      Os dois textos apresentam semelhança quando ao conteúdo. Identifique-as.

2)      Apesar da semelhança no plano das ideias, um apresenta a linguagem literária e o outro, linguagem referencial (Objetiva). Explique porque disso ocorrer.

3)       Faça uma ilustração para os dois textos; pode ser a através de desenhos, gravuras, imagens não se esqueça de preencher todo o espaço da folha sulfite de maneira harmoniosa.

4)      Dê um titulo para cada ilustração e faça uma legenda para ambas.

5)      Agora você irá produzir um texto cujo tema permitirá o seguinte assunto:

O Brasil é um país de paradoxos, pois muitos não têm nada e poucos têm muito.

Não se esqueça de que o seu texto necessita ter começo, meio e fim e de um título.

Deve ser escrita a norma culta da língua observando-se a coerência e a coesão do mesmo.

A qualidade de linhas e padrão no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.

OBS: Evitar rasuras, ou seja, não será aceito a produção borrada de branquinho.



6) Pesquisar em livros ou na internet a biografia de Manuel Bandeira. Reescrevê-la de acordo com o seu entendimento. Se preferir faça um resumo utilizando a sua escrita (o professor deve ouvir a sua voz ao ler, não a voz da internet).



7) Imaginemos que você seja o prefeito de Jacareí O que você faria para que a situação apresentada no texto I não se repetisse? Levante hipóteses e sugestões, mas não se esqueça de explicitá-las.



8) Ande pelas ruas de seu bairro e leve a máquina fotográfica e/ou celular junto. Tire pelo menos umas 4 (quatro) fotos que possam servir de ilustração para os textos I e II. Não se esqueça de redigir a legenda para as fotos de acordo com o apresentado na apostila Vol. 1 do 1º ano do E.M., portanto, consulte-a para não fazer em desacordo com o proposto.



9) Agora é a sua vez de criar um poema tendo como base uma ou duas das fotos que você tirou. Inspire-se no poema O bicho de Manuel Bandeira.



10) Escreva um texto, como se fosse para o BLOG da escola, relacionando todo o conteúdo trabalhado na apostila I. Não se esqueça de adequar a linguagem ao contexto solicitado.



Bom trabalho!



ATIVIDADES DE DP PARA O 2º BIMESTRE DE 2012



Leia o livro Dom. Casmurro de Machado de Assis. Depois de efetuada a leitura ou releitura, vocês deverão:

1) Fazer uma resenha crítica do livro. Lembrem-se de que resenha não é um simples resumo. Saibam que cópia da Internet invalidará o trabalho de DP, portanto comecem desde já a fazer a leitura.

 2) Leiam o fragmento abaixo e depois faça o que lhes é solicitado.

Dom Casmurro é um romance escrito pelo personagem principal, Bento Santiago, que irá contar suas memórias, portanto narrado em 1ª pessoa. Ele é um homem amargo, solitário e muito calado, com isso recebeu o apelido de Casmurro, tão importante que deu nome à obra. Um romance cheio de mistérios onde a verdade e a mentira dos sentimentos estarão expostas aos leitores para que desvendem o que há de tão misterioso. Seria realmente uma verdade que a bela Capitu, com seus olhos de cigana, que sempre estavam em movimento, como as ondas do mar, olhos grandes oblíquos e dissimulados, pois, ela não olhava as pessoas diretamente nos olhos. Uma moça considerada prendada e econômica, uma bonita morena de cabelos longos, seria ela realmente uma adultera? Teria lógica o ciúme que mergulhava e corroia a alma de Bentinho?

Vocês neste trabalho estarão abordando o romance de Machado de Assis "Dom Casmurro" e o mistério que leva Bentinho a desconfiar de Capitu. Ela é culpada ou inocente?

Agora você irá se colocar no papel de advogado e reunirá elementos no texto possam servir de argumentos (fundamentos para defender a sua tese) para defender a ideia de que Capitu traiu ou não Bentinho. Não se esqueça de relacionar os capítulos e as páginas de onde tirou os argumentos.



3) Com relação ao Capítulo XXXIII - Olhos de Ressaca: reescreva-o mudando o foco narrativo, isto é, o narrador desse capítulo será a personagem Capitu. Não se esqueça de fazer as alterações necessárias.



Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve, porém, no qual não sei se aprendeu ou ensinou, ou se fez ambas as cousas, como eu. É o que contarei no outro Capítulo. Neste direi somente que, passados alguns dias do ajuste com o agregado, fui ver a minha amiga; eram dez horas da manhã. D. Fortunata, que estava no quintal nem esperou que eu lhe perguntasse pela filha.

--Está na sala penteando o cabelo, disse-me; vá devagarzinho para lhe pregar um susto.

Fui devagar, mas ou o pé ou o espelho traiu-me. Este pode ser que não fosse; era um espelhinho de pataca (perdoai a barateza), comprado a um mascate italiano, moldura tosca, argolinha de latão, pendente da parede, entre as duas janelas. Se não foi ele, foi o pé. Um ou outro, a verdade é que, apenas entrei na sala, pente, cabelos, toda ela voou pelos ares, e só lhe ouvi esta pergunta:

--Há alguma cousa?

--Não há nada, respondi; vim ver você antes que o Padre Cabral chegue para a lição. Como passou a noite?

--Eu bem. José Dias ainda não falou?

--Parece que não.

-- Mas então quando fala?

--Disse-me que hoje ou amanhã pretende tocar no assunto; não vai logo de pancada, falará assim por alto e por longe, um toque. Depois, entrará em matéria. Quer primeiro ver se mamãe tem a resolução feita...

-- Que tem, tem, interrompeu Capitu. E se não fosse preciso alguém para vencer já, e de todo, não se lhe falaria. Eu já nem sei se José Dias poderá influir tanto; acho que fará tudo, se sentir que você realmente não quer ser padre, mas poderá alcançar?... Ele é atendido; se, porém... É um inferno isto! Você teime com ele, Bentinho.

--Teimo - hoje mesmo ele há de falar.

--Você jura?

--Juro. Deixe ver os olhos, Capitu.

Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira, eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe deu outra ideia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que...

Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da foram aqueles praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dane; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitu, mas então com as mãos, e disse-lhe, --para dizer alguma cousa, --que era capaz de os pentear, se quisesse.

--Você?

--Eu mesmo.

--Vai embaraçar-me o cabelo todo, isso sim.

--Se embaraçar, você desembaraça depois.

--Vamos ver.



3- Agora, vocês farão uma análise do romance contemplando os dados abaixo:



Narrar é reinventar o mundo, é recriar a vida, é tentar ser uma espécie de Deus criador de destinos. Toda narrativa pressupõe quatro elementos básicos: personagem, tempo, ação e espaço. Não existe narrativa sem esses quatro componentes. Logo, a sua análise deverá contemplar a estrutura narrativa proposta neste trabalho.



I-A estrutura narrativa:

a) Trata-se o livro D. Casmurro de um romance, de uma novela ou de um conto? Justifique a sua resposta.

b) Quais são as personagens principais? Caracterize-as física e psicologicamente.

c) Quais são as personagens secundárias? Escola três delas e as caracterize física e psicologicamente.

II-O Ambiente:

a) Quais são os ambientes em que se passam as cenas? (urbano (onde), rural (onde)).

Retire do livro fragmentos que possam comprovar a sua resposta.

III – Enredo:

a) Qual é o enredo do livro, isto é, como se dá o seu início, meio e o final?

b) Em que momento ocorre o clímax do livro? Justifique a sua resposta.

 IV-Opinião

Você gostou da leitura do livro? Argumente a esse respeito. Se necessário relacione passagens retiradas do romance para ajudá-lo na argumentação.

V-Autor:

Escreva uma mini-biografia sobre o autor do livro.

VI-Referencias bibliográfica:

Relacione os dados referentes ao autor, editora, edição e ano de publicação.





Trabalho de DP em Língua Portuguesa e Literatura

Para alunos do 1º ano que frequentam o 2º do Ensino Médio em 2012.

REFERÊNCIA 3º BIMESTRE



I) Observe a imagem abaixo e depois responda as questões.



1)      O que a criança na foto está fazendo?
2)      Que lugar ele ocupa no cenário?
3)      Que relação há entre o espaço e o cenário?
4)      O que essa fotografia comunica a você.
5)      Qual título você sugere para ela?
6)      Qual a importância do carvão para a economia   e para a sobrevivência das pessoas?
7)      Qual seria a solução para se acabar definitivamente com as crianças que estão fora da escola?
     
 



   A imagem pode ter direitos autorais.

Veja abaixo a imagem em: www.olhave.com.br/blog/?p=2743





II) Agora é a sua vez de localizar uma imagem que possa fazer o contraponto da imagem acima. Imprima-a ou cole-a em uma folha em anexo. Depois reflita sobre as seguintes situações:



1) Quais são as semelhanças e as diferenças apresentadas pelas imagens (a do garoto acima e a que você colou)?

2) As imagens representam situações distintas ou reproduzem a mesma situação vivida pelo garoto acima? Explique e exemplifique sua resposta?

3) Na sua opinião a escola tem condições de melhorar a vida do garoto carvoeiro? Como?

4) Na imagem colada por você o personagem (ou personagens) também pode ter sua vida  e/ou condição social melhorada pela escola? Explique e exemplifique.

5) Dê um título para a imagem que você escolheu e colou nesse trabalho.


III) Trabalhando com a Crônica

1) Responda as questões a seguir:

a)      O que é uma crônica para você?

b)      Onde é que podemos encontrar crônicas para ler?



2) Leia atentamente a definição de crônica logo abaixo. Agora reescreva as respostas para as duas questões acima. Reflita:

Mudou alguma coisa na sua resposta? O quê?  Por quê?



O assunto da crônica é, em geral, um fato vivenciado pelo seu autor. Um desses inúmeros acontecimentos que povoam nossa vida de todo dia. Acontecimentos que ficam muito fortes na nossa memória, mas também episódios que chamam a atenção pelo seu lado pitoresco ou engraçado. Ou, ainda, situações inesperadas ou absolutamente banais, mas que nos fazem pensar na vida.

Por isso é que a crônica tem um certo aspecto jornalístico: é como se o autor estivesse nos dando uma notícia do evento que ele vivenciou. Contudo, diferente da notícia, a crônica não é um relato frio (distante, objetivo) do evento: o autor faz questão de deixar bem claro que a perspectiva com que está apresentando o evento é bem particular, bem pessoal, bem subjetiva.

Daí também o tom de informalidade da crônica; esse é o ar “de conversa entre amigos”, de “veja o que aconteceu”- que a caracteriza. Por tudo isso, a crônica é um tipo de texto muito adequado para relatarmos as muitas histórias que a vida conta; para explorarmos o humor do cotidiano; para deixar aparecer o lado lírico, mas também o lado trágico do nosso dia-a-dia.

Um detalhe interessante na crônica: é um tipo de texto que facilita ao autor abordar de maneira mais leve um tema penoso, difícil, doloroso, quebrando o tom sério com que o trágico costuma ser tratado.

                                       Carlos Alberto Faraco-Português Língua e Cultura.



IV) Agora leia atentamente a crônica abaixo:

HISTÓRIAS QUE A VIDA CONTA

Da minha janela os vejo. São três. Encostados no tapume da favela e sentados na escada da subida do morro conversam. Um tem um revólver na mão. São magros. Escuros. Veste um calção, o tronco nu exposto aos trópicos. Faz um calor estupendo e há um zumbido de sexo, cerveja e ondas no azul do céu.

Da minha janela os vejo. Os três agora se ajeitaram no degrau de terra defronte ao lixo na ribanceira.

Aquele que tem nas mãos uma arma limpa-a com uma flanela. A arma não ameaça os demais. Há uma cumplicidade entre esses três homens, como se fossem executivos em torno de uma mesa. E o que brinca com a arma não parece apenas um menino com seu carrinho, mas um relojoeiro lidando com algo preciso e precioso. Ele que faz girar no dedo como na que lhes filmes de caubói que ele viu, que eu vi, que todos vimos. E ele roda o revólver como o relojoeiro dá corda ao tempo. Roda. Para. Roda como nos filmes. E, de novo, com a flanela, limpa a arma, como alguém lava e limpa seu carro no fim de semana.

Da minha janela os vejo: dois policiais a cinquenta metros, lá embaixo. Deram um passo para cá, outro para lá, e agora se encostaram na parede, ociosos. Lá de baixo não podem ver o que de minha janela repetidamente vejo. A rigor, nem olham para a favela, que teriam que ver, mas não veem. Enquanto isto, o que limpa a arma atrás do madeirame os vê, e está tão cioso e seguro como se cuidasse de sua horta ou cozinhasse um pão para entregar de madrugada.

Da minha janela vejo outros personagens na cena. Subindo vagarosamente pela escada lá vem um ou outro favelado. Um para, olha o que está armado, mas continua frente como se tivesse visto, digamos, uma árvore. Como se estivesse visto alguém cuidando do jantar. Como se tivesse visto, enfim, um homem com um revolver na favela Sem espanto. Sem constrangimento.

Mas vejo algo mais. Lá vem uma criança voltando e branca do colégio. Vem morosa ao sol, subindo calmamente, e agora para diante dos três homens de calção e dorso nu. Diz qualquer coisa ao que brinca com a arma como quem pode a bênção ao tio ou saúda o porteiro do prédio. Olha a arma como quem vê um fruto amadurecendo. Como quem olha um instrumento de trabalho de adulto. Com o mesmo pasmo do filho olhando os objetos no escritório do pai engenheiro.

Os dois policiais, contudo, continuam conversando ali na esquina. Falam talvez da escala de serviço, da folga na próxima semana, e acabam olhar as pernas de, portentosa mulata que passou. Olham mais: olham para o lado e veem um carro de onde vem uma luminosa loura com sua malha de lástex de ginástica salta na direção da academia em frente. E eles a inspecionam com os olhos como a um ser inatingível de outra galáxia.

Da minha Janela me dou conta que somos um triângulo. Eu aqui do alto contemplando de um ângulo os homens seminus e sua arma. Num outro ângulo, igualmente agudo, os policiais tranquilos, que também têm uma arma na cintura. Somos um triângulo visual, um triângulo social, real, pervertido. E a ansiedade se aloja apenas no ângulo de seus olhos desarmados.

Mas por que tanto limpa a arma o caubói do asfalto? Será que a terá usado há pouco? Será que ainda está quente do tiro que abateu o turista alemão?

Olho o rapaz de Calção e sua arma, como quem olha uma força da natureza, uma árvore. Uma árvore carnívora. Amanhã, ou hoje à noite, ele vai sair com sua arma, como quem sai armado dos dentes do próprio cão.

Talvez me encontre num sinal de trânsito ou numa rua escura e me abra a cabeça com a bala de sua fúria. Não terei tempo de explicar-lhe minha intimidade com ele e sua arma. Nem que planos tinha para a vida.

No dia seguinte os dois policiais estarão ali conversando. Ele estará no seu posto, limpando de novo os dentes do revólver, ou como agora, enrolará a arma na camisa e sumirá entre os casebres para repartir seu ódio e cerveja com os amigos ou seu amor com uma mulher, onde descarregará a arma de seu sexo.

Mas quando isto se der, eu, você ou aquele que tiver sido assassinado não estará mais aqui nem terá mais olhos para ver.

         (ROMANO, Affonso de Sant’Anna Porta do Colégio a outras crônicas. ed: Atica, SP)

Agora responda as questões propostas:

1)      Qual é o tema (assunto) proposto pela crônica? Comprove isso com três passagens do texto.

2)      O que é que o narrador pode observar, isto é, o que ele vê da sua janela?

3)      Qual a reação do narrador ao ver as crianças que saem da escola? Nesse caso, a escola tem cumprido o seu papel social de mudar e transformar a realidade em que seus alunos estão inseridos? Explique como isso ocorre.

4)      Por que a loira, com a sua roupa de lástex, entrando na academia parece coisa de outra galáxia?

5)      Você já teve a oportunidade de ver ou de observar cenas semelhantes ou igualmente chocantes? Relate.



V) Produção Textual:

Leia e analise alguns versos da música de Beto Guedes

PAISAGEM NA JANELA

DA JANELA LATERAL DO QUARTO DE DORMIR

VEJO UMA IGREJA UM SINAL DE GLÓRIA

VEJO UM MURO BRANCO E NO VÔO UM PÁSSARO

VEJO UMA GRADE E UM VELHO SINAL

A INFÂNCIA A CIDADE A NATUREZA A VIDA ALHEIA O AMOR

Como surgem os versos de Beto Guedes e as visões que da leitura deles emanam, de uma janela qualquer pode-se ver e ler o mundo. Imagine–se um observador privilegiado que, da janela de seu quarto, vê o grande e o pequeno, a nobreza e a miséria, real e o imaginário, e desenvolva um texto descritivo - narrativo que mostre essa visão.

Seu texto pode refletir um dos focos exemplificados, combinar alguns deles, ou ainda revelar outro(s) que o seu olhar sensível possa perceber.



VI) Com base nos textos já trabalhados no Caderno do Aluno Volume 2 – 1ª série , responda quais as diferenças entre os seguintes gêneros textuais:

a)      notícia de jornal;

b)      crônica;

c)      poesia.



VII) Dê um exemplo para cada um dos gêneros acima. Não se esqueça de relacionar a fonte de onde tirou os textos.  



 ATIVIDADES DE DP – LÍNGUA PORTUGUESA

ALUNOS DO 2º ANO QUE CARREGAM DP DO 1º ANO DO EM

REFERÊNCIA: 4º BIMESTRE


Esta atividade está toda direcionada ao Caderno do Aluno: Ensino Médio – 1ª série Volume 4, portanto se você, por algum motivo não tem o seu, providencie-o junto à Profª Coordenadora.

De posse do Caderno do Aluno, você deverá ler e observar as três Situações de Aprendizagem Propostas. Para cada uma dessas atividades propostas você deverá fazer um resumo do que é proposto, comentar as abordagens das atividades e resolver todas as tarefas de casa propostas no Caderno.

Os demais procedimentos são os mesmo dos trabalhos anteriores: encadernação em espiral, manuscrito e com protocolo de entrega. 

OBS: Não percam a data de entrega, para não ter o seu trabalhado invalidado.





13 de março de 2012

PROGRESSÃO PARCIAL DE FÍSICA (DP)

1º SÉRIE do Ensino Médio

1º BIMESTRE
1) Pesquisa sobre alguns conceitos básicos: movimento, repouso, distância percorrida, deslocamento, ponto material, corpo extensos e trajetória.

2) Pesquisar e descrever a velocidade escalar média, bem como determiná-la.

3) Descrever os movimentos retilíneo uniformemente variado e queda livre.
   - Elaborar e resolver cinco exercícios para cada item citado acima.

2º BIMESTRE
1) Pesquisar e descrever as três leis de Newton.

2) Descrever a Força Peso e a de Atrito.

3) Descrever a Lei da Conservação da Quantidade de Movimento.
    - Elaborar e resolver cinco exercícios para cada item citado acima.

3º BIMESTRE
1) Descrever as Leis de Conservação da Energia.

2) Pesquisar e descrever Trabalho de uma força, Potência.

3) Descrever Energia Cinética, Energia Potencial Gravitacional e Energia Potencial Elástica.

4) Citar exemplos de aplicação da conservação da energia.
    - Elaborar e resolver cinco exercícios para cada idem citado acima.

4º BIMESTRE
1) Pesquisar e descrever o Universo: elementos que o compõem.

2) Descrever o Sistema Solar e as Leis de Kepler.
    -Elaborar e resolver cinco exercícios para cada item citado acima.

Sugestão de Fonte e Pesquisa:
PENTEADO, Paulo Cesar M. Física Ciência e Tecnologia - volume 1
Caderno de Física, Proposta Curricular da SEESP - volume1, 2, 3 e 4.




2º SÉRIE do Ensino Médio


1º BIMESTRE
1) Pesquisa sobre as fontes de Energia - Descrever os vários tipos de fonte de energia e sua utilização.

2) Descrever:  - o comportamento Térmico dos Gases - variáveis de estado de um gás, as transformações gasosas;
                       - as modalidades de transmissão do calor;
                       - copiar e resolver os exercícios da página 49 do livro Física Ciência e Tecnologia - Paulo César M. Penteado.
3) Pesquisar sobre suas aplicações tecnológicas da Energia Térmica.


2º BIMESTRE
1) Pesquisar o princípio do funcionamento da Geladeira e do Ar condicionado - Fazer esquema do funcionamento.

2) Copiar e resolver os exercícios da página 56 e 57 do livro Física Ciência e Tecnologia - Paulo Cesar M. Penteado.

3) Descrever as transformações gasosas e as trocas energéticas. Fazer os esquemas das respectivas transformações.
    - Elaborar e resolver cinco exercícios para o item 3.


3º BIMESTRE
1) Descrever os tipos de onda e suas características.

2) Pesquisar a influência das ondas radiativas na saúde do ser humano.

3) Descrever o Efeito Doppler.

4) Pesquisar duas aplicações tecnológicas da onda - mecânica ou eletromagnética.
    - Elaborar e resolver cinco exercícios para cada item acima.


4º BIMESTRE
1) Descreva os tipos de espelho (plano, convexo e côncavo) e  a formação de imagens.

2) Copiar e resolver os exercícios da página 180 do livro Física Ciência e Tecnologia - Paulo Cesar M. Penteado.




3º SÉRIE do Ensino Fundamental ( já concluído)

1º BIMESTRE
1) Pesquisa sobre as fontes de Energia - Descrever os vários tipos de fonte de energia e sua utilização.

2) Descrever: - o comportamento Térmico dos Gases - variáveis de estado de um gás, as transformações gasosas;
                      - as modalidades de transmissão do calor;
                      - copiar e resolver os exercícios da página 49 do  livro Física Ciência e Tecnologia - Paulo César M. Penteado.
3) Pesquisar sobre suas aplicações tecnológicas da Energia Térmica.


2º BIMESTRE
1) Pesquisar o princípio do funcionamento da Geladeira e do Ar condicionado - Fazer esquema do funcionamento.

2) Copiar e resolver os exercícios da página 56 e 57 do livro Física Ciência e Tecnologia - Paulo Cesar M. Penteado.

3) Descrever as transformações gasosas e as trocas energéticas. Fazer os esquemas das respectivas transformações.

4) Resolver os exercícios de TERMOLOGIA (em anexo).


3º BIMESTRE

1) Descrever os tipos de onda e suas características.

2) Pesquisar a influência das ondas radiativas na saúde do ser humano.

3) Descrever o Efeito Doppler.

4) Pesquisar duas aplicações tecnológicas da onda - mecânica ou eletromagnética.



4º BIMESTRE
1) Descreva os tipos de espelho (plano, convexo e côncavo) e  a formação de imagens.

2) Copiar e resolver os exercícios da página 180 do livro Física Ciência e Tecnologia - Paulo Cesar M. Penteado.

3) Resolver os exercícios (em anexo) sobre ondulatória e óptica.